"São tantos deslizes imorais que a avalanche soterra pequenas lutas e conquistas, pondo cada um em seus devido lugar em ordem errada"
Irrefreável Homo Sapiens
Impossível voltar
à realidade
Os quintais
onde brincávamos
Não mais
sentiram
O toque dos pequeninos
dedos
Pipas no ar e a cordialidade do vento matinal
Epiderme tocada
pela brisa
Sol no céu sem nuvens
O campo, infância, lírios e picão
Nossas pegadas
Foram extintas
Faziam fronteira
Entre areia do mar e a ilha que nos tornamos a medida que o tempo passava
Prólogo imaculado de inocência
Sabemos disso
Melhor que os
outros que também perderam a magia que vos traziam de volta a Nárnia
Perdemos as
migalhas
Sabe?
A certeza para
o caminho de volta
Fantasiávamos tantas vezes
refazer passagem
Sem cogitar
Que haveriam perdas até chegar a "esse" Aqui
Em todas as idas e vindas
Um efeito borboleta
Somos sequelas ou o que sobrou daquelas aquarelas?
Acho que nada restou desse mundo de sonhos
Quantas vezes não me questionei sobre o quê ainda residia por lá?
Perdi as contas dos que precisam de um transplante cardíaco...
Estamos na pós modernidade
E aqui a humanitude não serve de nada
Não dá para se isentar
de nós mesmos
Jamais soubemos tratar as feridas!
Restaram seres que perderam o
humano cego
Sem saber atravessar suas ruas
agitadas e conturbadas
No esconde-esconde desastres habituais que nunca terão implicações
Imperfeições em LETRAS minúsculas de nosso manual
E ainda assim usamos a máquina!
Preocupamos-nos demais com as coisas
indissolúveis e imutáveis
Questões atemporais que transcendem o estar no mundo
A existência é
ferida!
Ambição e Riqueza
Todos querem ser dono
do mundo
Nem que criem um só para si
Vimos à
criança
O jovem
O homem
A quimera
Os contrastes estão ai
Ideais tornam-se
utopias
Lágrimas, saudade e a vida
valendo nada no salve-se quem puder!
Não haverão absolvidos!
Nascemos e não vivemos, vivemos e não
crescemos
Por mais que não falte adjetivos
E o que
sobrou ficou enclausurado
na bússola
Dividido em minúsculas partículas de átomos
Dispersados
Poeira pairando no Cosmos
O que éramos para ser
E nunca fomos
Tupinikingz
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