sábado, 4 de março de 2017

NEM SEI O QUE PENSAR

imagem do google
criança de rua

"Indescritível voltar todos os dias para casa e abraçar o filho, difícil é ver a vida valendo nada e saber que um tapa de uma mão que deveria educar foi capaz de tirar do mundo uma vida... meus sentimentos a infância e um minuto de silêncio as crianças de rua que lutaram por sua sobrevivência independente do que pensamos a respeito disso"


NEM SEI O QUE PENSAR


Não saber o que pensar
Ou
Como agir
Não é ausência de pensamento
Muito menos
Passividade

Há prudência
Há momento certo
Há incertezas

Na certeza
De que mudanças
nunca aconteceram
Quando a gente deseja
Talvez nem venha acontecer

Acostumamos-nos

Domesticados
a ser 
assim
frios

É
 assim

Muito antes
De nossos ancestrais guerreiros
E suas lendas
 nunca contadas

Aquelas 
as que foram
Escritas com sangue

Nesse RPG
Meus iguais
são os desprovidos

Sem armaduras 
Sem armas
Sem magias
Poucas vidas
No ganhar ou perder
Lutando sem vencer

Heróis e vilões
Destruíram sonhos

Pois,
Sempre há caos
Após seus conflitos

Quem segura
A vida desfalecida
Aos prantos
Da eterna ausência
Tem a alma consumida 

É o que resta!

O que fica?
  
Recordações
Que com o tempo
Questionamos-nos

Se nossos entes existiram

Ou foi nosso subconsciente
pregando uma peça
Nos devaneios
do estar no mundo

Em nossos vilarejos
A vida simples
É
Sobrevivida

Mesmo que no Hard
No Insano
Destoante
Cruel e canibalístico

Somos apenas recrutas!

Dias de lutas
Apenas lutas
Algumas glórias
Rasas vitórias

Nossos corpos feridos
Se quer se curam
E lá estão
Prontos pra mais
Um dia
Lutando para ter
O sopro divino

Ambição
Determinação
Darwinismo
Fortes sobrevivem
E os fracos
Lhe Cabem
O papel de serventia
Embaixo desse
Regime de oligarquias

Dilemas pessoais
Tudo está sob ciclos
Ontem e hoje coexistem
Incompreendidos
Presos em seus dogmas

A trilha até este instante
Exigiu demais
De todos na berlinda
Entre se lamentar
Ou seguir enfrente

 O que se passou
Findou no experimental
Ficou no açoite
Delírios noturnos

A Mente descansa
O Corpo quente em chão gelado

Para onde vamos
É, e será colidente
Com o
Felizes pra sempre
Pesadelos aristocráticos

A mão que afaga
Que educa
Que trás o carinho
Agora é
Carregada de ordem
Intolerância

O capitão do mato
Cumpriu a sua função

A quem traiu?

Ignorância
Levou mais uma vida

A de quem
nasceu
E não viveu
Sonhou e não
Sentiu
O seu sorriso inocente

Poder
Um dia
Ver o lugar
Onde vivemos
Bem diferente
De todas as nossas contradições  



Nenhum comentário:

Postar um comentário

DENTRO DE SEU ABRAÇO

  " Sentir-se protegido num abraço de olhos fechados pode não favorecer a compreensão de onde eles veem ou o que vos motiva, entender o...